segunda-feira, 28 de maio de 2007

Tradição norueguesa no Brasil

A Norse Energy é uma empresa de origem norueguesa, com grande experiência no setor petrolífero. Isso ocorre em função do seu contexto, pois a Noruega é a maior produtora de petróleo do Mar do Norte, região que abrange países importantes como a França, Alemanha e Inglaterra.

Anaydê Holanda
Por conta do cenário em que atua, esta empresa desenvolveu métodos sofisticados, entre eles, tecnologias avançadas para combinar a pesada atuação com o mínimo de riscos ao meio ambiente para atender às restrições ambientais da rigorosa legislação norueguesa.
Soma-se a esse conhecimento, experiência, tecnologia e o capital disponível na Noruega, o que possibilita recursos às empresas norueguesas para investir em exploração e produção de petróleo, além de outras oportunidades de negócios. Na prática, isso significa mais de 170 milhões de dólares investidos no Brasil, nos três estados em que mantém operação: Paraná, Santa Catarina e Bahia. O estado baiano, por sinal, é a "menina dos olhos de ouro" da organização, que ambiciona crescer muito no país em atividades de exploração e produção no estado. A empresa também atua nos Estados Unidos.
De acordo com o diretor-presidente da empresa, José Almeida, o fato de ele ser baiano talvez tenha facilitado o convencimento da empresa, proporcionando o que ele batizou de "casamento das culturas", ao se referir às duas potências no setor petrolífero, isto é, a Noruega e o Brasil. É importante lembrar que a Petrobras é uma das mais importantes empresas mundiais do ramo. "É claro que a oportunidade de negócio na Bahia foi muito boa, mas o lado sentimental também contou. O fato de a Bahia ter tradição na produção de petróleo ajudou na decisão da empresa, que continua buscando oportunidade no estado", relata.

O início

A primeira chance de concretizar o sonho apareceu com a participação no bloco exploratório BCAM-40, que inclui o Campo de Manati, no sul do Estado, próximo ao município de Camamu. A empresa comprou os 10% de participação no empreendimento da Petroserv, empresa brasileira que havia adquirido da Petrobras juntamente com a Queiroz Galvão. Com o passo inicial dado, outras oportunidades foram surgindo, possibilitando explorar outros blocos e campos, tais como: Campo de Sardinha em Barra Grande, dois blocos exploratórios na Bacia do Recôncavo e outros dois blocos exploratórios na Bacia de Almada - perto de Ilhéus, no Sul do Estado. Para realizar essas operações foram feitas parcerias específicas. Nesse último caso, por exemplo, a Norse Energy atua em conjunto com a Petrobras, a Queiroz Galvão e a El Paso.
A outra ponta de interesse da empresa está no Paraná, mais precisamente em três campos na Bacia de Santos, os campos Coral, Estrela do Mar e Cavalo Marinho. Somente o Coral já entrou em produção, resultando em cinco mil barris por dia. Quando os três estiverem operando com capacidade máxima, essa produção pode chegar a 20 mil barris por dia.
O faturamento, até então, tem sido por volta de 30 milhões de dólares por ano, mas a expectativa da empresa é aumentar o resultado, com a entrada em operação do Campo de Manati e com as possíveis novas descobertas na Bahia. "Com Manati, esperamos dobrar o faturamento, atingindo a casa dos 70 milhões de dólares", diz o diretor-presidente, ressaltando que a Norse Energy ainda tem fôlego para investir em outras oportunidades no Estado. "Temos consciência do quanto podemos oferecer ao país nessa área e, ao mesmo tempo, sabemos da capacidade crescente em função do surgimento de novas oportunidades de negócios", anuncia.

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